quinta-feira, 14 de julho de 2011

Destruição - parte 1 de 6

Quebrou o pequeno talo da frágil flor, arrancou uma pétala, enfiou na boca, mastigou, e engoliu.
Quebrou a gigantesca coluna do Parthenon, arrancou um bloco, triturou, jogou ao chão.
E voltava tudo ao mesmo pó. À mesma massa da qual um dia saiu. E todas as coisas eram iguais, eram feitas dos mesmos materiais. Portanto, tudo tinha a mesma origem e o mesmo destino, ao menos costumava ser assim...
 - Hei, o que você está fazendo?
 - Estou destruindo!
A simplicidade está na beleza, e a beleza está na simplicidade, formando um círculo vicioso bonito e singelo. O pequeno talo e a gigantesca coluna são a mesma coisa, são iguais. Sustentação; e isso é tudo o que importa, a arte de suportar o insuportável, há que se fazer mais forte, cada vez mais forte.
Acontece que aquela mão destruía.

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