quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

50 Filmes que na Verdade São 75

Há alguns dias, fui desafiado pelo meu amigo Wellisson a produzir uma breve lista elencando 50 filmes essenciais, segundo minha opinião pessoal, para qualquer ser vivo que deseja compreender e gostar um pouco mais de cinema.

Pois bem, a lista está concretizada. Essa lista não deve ser entendida como um material definitivo e elucidador, mas sim como uma prévia básica dentro da infinidade de possibilidades que a produção cinematográfica permite. Há ainda muito que se estudar sobre o assunto, e o meu escopo de filmes assistidos gira hoje na casa de apenas 1600 filmes, o que fatalmente deixa de fora milhares de filmes que possivelmente eu incluiria aí, mas nunca cheguei a conhecer.

É um quadro bastante pessoal e passível de discordâncias, bem como de atualizações periódicas. Conta ainda com uma simples explicação do porquê de cada filme ter sido incluído, bem como o nome do diretor e ano de lançamento. Assinalei também quais filmes estão hoje no catálogo do Netflix, talvez a maior plataforma cinematográfica hoje em uso. Os filmes marcados em vermelho são os que fazem parte da minha seleta lista de 16 filmes favoritos.

Sem mais prosseguimentos, cliquem no link aí para abrir a lista dos 50 filmes que na verdade são 75! Aceito sugestões, críticas e conversas animadas sobre os filmes da lista e os que estão fora dela também!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Gota d'Água

Ela é a Simone de Beauvoir desse Jean-Paul Sartre embevecido pelo fabuloso ópio que é a existência. Planejamos milhares de viagens pictóricas a fazer com ela, mas quando estamos juntos só consigo mesmo viajar nos olhos e no sorriso desse verdadeiro sonho alucinante que caminha comigo de mãos dadas.

Sinto como se eu fosse aquela banda de garagem, com qualidade técnica bem contestável, mas que teve a capacidade de articular ao menos uma boa letra com um riff melodioso e uma melodia grudenta. É o meu one hit wonder, a oportunidade magna de viver o se entregar para o que se sente. É como se todos os envolvimentos da minha vida tivessem sido apenas a preparação para o que vem agora, o preparo do terreno para a verdadeira e magnífica colheita.

Observamos parques e visitamos pessoas. Ou vice-versa. Andamos por aí, sem rumo mesmo. E sempre chove, chove sempre. Atraímos a água. Somos duas pequenas gotas despencando de uma colossal nuvem negra de tempestade. Em queda livre, com a nossa imensa vontade de pular dos céus, dançando pelos ares enquanto caímos. Somos duas pequenas gotas da chuva se entrelaçando e dançando e girando durante a queda.

Quando você não está é só saudades. Isso deve ser o nosso instinto querendo permanecer com o outro para sempre. Vejo relação em tudo o que dizemos. Reparo no mundo concordando sobre nós. O universo tem parado para se perguntar e divagar sobre nós, eu sei que tem. Eu falava, e reparei na data o quão próximo foi do início de tudo, eu falava sobre as revoadas de lepidópteras no sistema digestório. Oras, agora elas acontecem continuamente.

No mesmo momento do teu tchau, já começo a clamar pelo próximo oi. No momento do ponto final deste texto já começo a querer ser e viver o próximo sobre você. Já começo a pensar que cada oi comporta um mundo literário passível de instigar e alimentar todas as histórias do mundo. Nós somos todas as histórias que estamos vivendo e que ainda temos para viver.