Dizer que "voar é vencer o ar" é um paradigma muito contraditório, visto que só se voa porque o ar existe. Caracteriza-se então, uma relação de parasitismo, em que se tira ligeiro proveito do ar, de forma prejudicial, pois que com a fabricação de aeronaves, e a queima dos afamados combustíveis fósseis por parte dessas, polui-se-o, esse que é essencial para o exercício de sua mesma existência.
Não tem o que esquecer, quando não há nada para lembrar. A memória é exatamente o principal problema, e é ela que serve pra nos ajudar a não levar mais pedrada. Conquanto por vezes ela falhe, engane, deturpe a existência do real ou do surreal. Ou ainda aquele real imposto.
Eu diria que medo de sentir medo é medo também, mas dizer isso pra quem? Eu diria que se esconder da visão é cegueira também, mas dizer isso pra quem? Estou falando com as minhas vozes. Todas essas colegas de tempos imemoriais, e que, quem sabe?, teria a memória as inventado, como dizendo que "olha, você existiu antes". Mas não, não existiu antes, quiçá nem agora, menos ainda depois.
Voar é abstração, é metáfora também, explicação deveras desnecessária àqueles que têm visão poética. Mas oras, algumas pessoas possuem almas apaixonantes. Filmes reprisados, histórias recontadas. Assuntos demais.
Tudo bem destruir o ar de vez em quando. Tudo bem rasgar o chão e definhar de vez em quando. Mas oras, cuidado com ideologias distorcidas! Cuidado com o estouro da manada! Cuidado com a falta de inimigos, ou mesmo de armas! Não há o que vencer, se não há a quem enfrentar. Como não há o que voar, quando há falta de ar. Como não há o que amar, quando, oras, quando não há.
Voar é uma ideologia também, quando não é natureza. Jimmy diria que "mama, I've gotta try". Não sabe você que todos os heróis já morreram? Em tempos tão opiniáticos, deve-se lembrar que é sempre mais fácil falar do que realizar. Também é fácil falar que é mais fácil falar do que realizar. Difícil é voar. Difícil é aprender a voar sem destruir o ar.
Não tem o que esquecer, quando não há nada para lembrar. A memória é exatamente o principal problema, e é ela que serve pra nos ajudar a não levar mais pedrada. Conquanto por vezes ela falhe, engane, deturpe a existência do real ou do surreal. Ou ainda aquele real imposto.
Eu diria que medo de sentir medo é medo também, mas dizer isso pra quem? Eu diria que se esconder da visão é cegueira também, mas dizer isso pra quem? Estou falando com as minhas vozes. Todas essas colegas de tempos imemoriais, e que, quem sabe?, teria a memória as inventado, como dizendo que "olha, você existiu antes". Mas não, não existiu antes, quiçá nem agora, menos ainda depois.
Voar é abstração, é metáfora também, explicação deveras desnecessária àqueles que têm visão poética. Mas oras, algumas pessoas possuem almas apaixonantes. Filmes reprisados, histórias recontadas. Assuntos demais.
Tudo bem destruir o ar de vez em quando. Tudo bem rasgar o chão e definhar de vez em quando. Mas oras, cuidado com ideologias distorcidas! Cuidado com o estouro da manada! Cuidado com a falta de inimigos, ou mesmo de armas! Não há o que vencer, se não há a quem enfrentar. Como não há o que voar, quando há falta de ar. Como não há o que amar, quando, oras, quando não há.
Voar é uma ideologia também, quando não é natureza. Jimmy diria que "mama, I've gotta try". Não sabe você que todos os heróis já morreram? Em tempos tão opiniáticos, deve-se lembrar que é sempre mais fácil falar do que realizar. Também é fácil falar que é mais fácil falar do que realizar. Difícil é voar. Difícil é aprender a voar sem destruir o ar.