Nyx nefasta, deusa primordial, filha do Caos, mãe de uma dezena de seres controversos. Nós próprios somos os filhos da Noite. Somos o Destino e os Sonhos; o Sono e o Sarcasmo; as Moiras e a Velhice; a Ternura e a Morte; a Discórdia e a Vingança também. E mais, muitos mais.
A linhagem da noite, ascendente do Caos, descendente direta do início de tudo o que há. Como personificar os irmãos em alma e corpo visíveis aos olhos mortais? Seres impensáveis, da Noite vem Thanatos, na teia de Morus da fatal Ceres, trazida por Hypnos, com Geras também, vítima de Éris ou Nêmesis.
Todos somos filhos de Nyx. Dançamos a dança das Horas, envolvidos no Caos profundo, pai de todas as lúgubres coisas das vias funestas. À Noite, envolvidos pelo manto obscuro, andamos acompanhados, queiramos ou não, por essas criaturas agoures. A Morte e o Sono são irmãos gêmeos, andam lado a lado. A diferença entre os dois é imperceptível. A Ternura e o Sarcasmo irmão são também. Tênue linha os separa.
A prole de Nyx, linhagem nefasta, decididamente personificada se encontra em nós. Gerada no Caos. Tudo o que há de doloroso é assim belo também. Nem tudo é só dor, nem tudo é tão grave, vem tudo da Noite. Cada um desses seres tem filhos também, os quais somos nós, descendentes de Nyx, e também do Caos.