Vez por outra na vida de um sujeito, ele deve passar por um momento de enfrentar a glória. Deve olhar nos olhos da conquista, apertar as mãos da vitória. São momentos singulares, e singular é uma ótima palavra. Plural é singular, e singular não deveria ter plural.
O medo é apenas uma imposição. Nada mais que uma forma de coerção da pessoa para consigo mesma, pois que você não é capaz de fazer o que tem medo de fazer simplesmente por ter medo de fazer o que você não é capaz de fazer. O que não é o que não pode ser.
Frente a frente com a glória, o sujeito pode muito bem sentir medo. A glória é realmente aterrorizante, cara a cara com ela você sente que o que pode acontecer é tão bom, tão épico, tão glorioso, que não vale a pena arriscar que aconteça. Vale mais a pena limitar a glória. Pois que a glória gera responsabilidades, e ainda mais expectativas.
Todo mundo busca objetivos inalcançáveis, porém saber que algo é inatingível e continuar buscando é um realismo inconsequente. E é muito engraçado querer algo que você tem certeza que nunca terá. É melhor não saber. A vida é mais platônica que muitos amores.
Mas não é errado ter esse medo da glória, errado é deixar ele tripudiar sobre a própria vitória. Ainda há tantas glórias quantas possíveis sejam ganhar. E existe ainda muito medo, tantos quantos possíveis sejam sentir.
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