sábado, 3 de novembro de 2012

A magnífica história de Araújo Lokão

Hoje vou contar pra vocês a magnífica história de Araújo Lokão, um surpreendente conto de fadas real tipicamente araucariense:


Era noite do dia dos mortos em Araucária, um fogo crepitante invadia aquelas vidas suburbanas. Como aproveitar o fim de noite, quais as opções? Ninguém imaginaria o que estava por acontecer na Praça do Seminário, cenário de tantas tragédias pregressas.

Eis que surge rodando rua acima um veículo capaz de demonstrar todo o poder aquisitivo de seu proprietário, que o estaciona inesperadamente próximo a dois jovens sedentos por glória. Dentro do carro, um sujeito bem vestido, corroborando ainda mais a impressão que o seu veículo passa.

Araújo Lokão apresenta fala extremamente etílica, e com seus 52 anos acabou de "comer uma gostosinha", de acordo com suas próprias palavras, e sua esposa não pode ficar sabendo. Para tanto, ele pede a ajuda dos jovens num plano mirabolante que envolve um telefone, vômito, ambulâncias, vinho e pizza.

Figura imponente da cidade, o Oscar Niemeyer da favela, só não desenhou o hotel do Hissam porque "aquela porra é muito feia". Ante tudo isso, sua situação no momento eleva questionamentos quanto à elite burguesa araucariense, estariam todos fadados ao mesmo destino? Cada um curte a vida como lhe convém.

Após conturbadas negociações o plano é finalmente levado a cabo, a esposa já não mais interferirá em sua farra, e o homem pode voltar à sua noite de bandalheiras, porque todo mundo merece uma cachacinha e umas putas as vezes. Obviamente, o brinde da noite será em homenagem ao magnífico Araújo Lokão.

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