quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Para Voar

Não pretendo quebrar a barreira do som, esse sonho é para poucos. Não que esse não deva ser sonhado, só que no caso não é necessário. Pular de paraquedas ainda é mera analogia à vida que se leva, sonhar alto, sonhar distante. Porque quem sabe surjam asas e se possa voar.

Voar é sonhar ainda mais alto, querer bater asas na verdade não é errado, somos criaturas da terra adaptadas aos céus e aos mares. Mas não se voa no mar e não se nada no céu, a não ser nas metáforas. No chão só é mais fácil de respirar, para todas as outras aventuras há que se esforçar muito.

Não existe problema nenhum em ser demais, errado mesmo é ser de menos, ser incompleto, ser insuficiente. Ninguém quer algo que não satisfaça, e o que sobrar... o que sobrar deve ser lucro.

Por isso há que se sonhar alto, objetivar o que está distante, o que está perto é tão fácil quanto desnecessário, é simples degrau para escadarias mais altas. Pensar pequeno é limítrofe, porque se contentar com os céus quando se tem o espaço? Porque se contentar com lagos quando se tem oceanos inteiros?

Basta voar, basta que as asas funcionem, basta mesmo levantar e fazer algo acontecer, pensar grande não é errado. Errado mesmo é deixar o grande continuar pequeno, procrastinar a glória. O ápice nada mais é que um objetivo atualizável.

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