Meros signos para descrever o mundo ao nosso redor. Erigir uma... uma... uma? Qual é a palavra mesmo? Cultura... Sociedade... Humanidade... O que não definir. Erigir essa coisa toda que acordamos para ver todos os dias, para ajudar a erigir todos os dias; apenas porque sentimos um dia a necessidade de dizer uns aos outros qual era a merda que estava ocorrendo dentro de si mesmo. E então o teu coração deixa de ser um músculo com quatro cavidades destinado unicamente a bombear sangue. Sim, porque isso é vulgar demais.
Falemos de como ocupar esse músculo. Pois que deveria ser com fibras, e carboidratos, e proteínas, e essas coisas todas que acordamos todos os dias para viver. Oras, mas não... escolhemos preencher esse músculo com sentimentos. E por essa escolha, pagamos continuamente, erigindo culturas, sociedades e humanidades. Com a vaga intenção de preencher músculos por aí, transformo 15 linhas de conto em página e meia de roteiro.
Comunicar é preciso. Não poderia haver maior inverdade, não que seja mentira, apenas não é verdade. Por vezes, me escondo em um buraco cuja profundidade está exatamente ao nível de meus olhos. Dessa forma vejo o mundo, e as coisas nele sendo erigidas, do nível do chão. Me abaixo, me escondo na escuridão no buraco, e quando volto a me levantar, para ver o mundo do chão novamente, ele muda completa e drasticamente. E isso não resolve.
Essa angústia existencial que não passa, e o seu sorriso sem graça. A vida demora demais para acontecer. No entanto, ela acontece muito rápido. É um complexo e indistinto paradoxo, desses muitos que acordamos todos os dias para ser. A verdade é que não sabemos o que está acontecendo por aí a maior parte do tempo. O que acontece é que estamos alimentando e preenchendo esse músculo, com culturas, com sociedades, e com humanidades. O fato é que eu nunca soube.
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