segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sobre a Ponte

Algumas pessoas devem seguir pelas vidas inteiras que recebem sem pensar sequer uma vez em suicídio. Para outras talvez esse pensamento as acompanhe diariamente, sem faltas e falhas.

Todo sujeito deve ter aquele momento de desespero, quando reprova de ano, quando perde um membro da família, ou quando termina um casamento. No entanto, algumas pessoas vivem no desespero, sem saber de onde tirar as forças pra puxar o ar mais uma vez, sem saber a que se agarrar. E até vivem épocas boas, onde tudo parece se encaixar, em que o pensamento passa um pouco despercebido, como uma música baixinha de fundo.

Pessoas que vivem no limite, sem saber quando vai chegar a hora em que deverão tomar a decisão definitiva. E essa decisão não é uma demonstração de fraqueza, é exatamente o oposto, é necessário muita força para conseguir ultrapassar a barreira final e acabar com o que um dia começaram por elas.

O mais intrigante de tudo é exatamente a dúvida, não saber quando esse passo será tomado, ou quando ele irá acontecer naturalmente. Sim, pois por mais jovem que seja a pessoa que morre, toda criatura nasce tendo como única perspectiva o fato de que irá morrer, portanto, toda morte é natural. Fato é que o não saber quando será o momento é extremamente angustiante.
Cena do documentário A Ponte

Acredito que às pessoas devesse ser dada a opção de escolher o momento em que findarão suas vidas, pois a maior injustiça da vida é não saber quando ela acaba, e não poder despedir-se triunfalmente e da maneira mais adequada conforme a vontade interior de cada um.

Assisti ao documentário A Ponte, sobre um dos locais mais procurados para atos de suicídio no mundo, a Ponte Golden Gate, em São Francisco; e me identifiquei em cada uma daquelas pessoas, e em cada um daqueles familiares, como se todas as histórias fossem nossas.

E sei que todos eles tinham razão em seus objetivos concretizados, pois fizeram o que lhes cabia, foram fortes, e ultrapassaram os limites.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A plateia pega fogo quando rolam os festivais

Saiu hoje o tão esperado lineup do Lollapalooza, festival originário dos Estados Unidos e que terá uma edição brasileira pela primeira vez nos dias 7 e 8 de abril de 2012. A confirmação do Foo Fighters, que já corria à boca pequena há meses, era a mais aguardada, e assim procedeu-se.

Ainda esse mês foi anunciada também a primeira edição no Brasil, diga-se de passagem em São Luis do Maranhão, do maior festival de heavy metal do mundo, o Wacken Open Air, que aqui se chamará Metal Open Air. O festival vai acontecer no mesmo abril do Lolla, dias 20, 21 e 22.

Não faz nem dois meses estive no Rio de Janeiro em virtude do Rock in Rio. Festival nascido no Brasil, outrora exportado e que agora voltou às nossas terras depois de 10 anos, e já foi logo anunciada sua edição bienal a partir de agora, 2013 tem mais.

Mais recentemente que o RiR, tiveram vez o Planeta Terra e o SWU, fechando a contagem de cinco festivais de proporções gigantescas no Brasil num espaço de apenas sete meses, um parto prematuro. A contagem de bandas fica a cargo de alguém que tenha TOC.

E todos lotam, agitam, movimentam. O público brasileiro era carente de grandes eventos musicais por aqui. E felizmente essa carência tem sido suprida, cada vez mais. É bom ver que nesses infernos brasileiros a galera tem estado em chamas com cada vez mais frequência.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Once and then

After all that is and will be
There shall last only bones
But still
In the dust that once was my heart
There will be a memory
A tiny memory of you
And it will last forever
For we were made to be one
And I love you


e


Before you get in too deep
And you get burned by the heat
Oh yeah
She'll take you there
You know it happened to me
She'll make your heart break
She'll give you fever
She'll tell you everything but don't believe her
A perfect stranger
She knows the game
She'll promise heaven on earth
But don't believe her


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Virada

Virar o jogo. Virar a mesa. Virar o copo. Virar a noite. Virar no sentido de dar a volta por cima, se recuperar, e continuar...

A nossa galera invade Curitiba, e invade os corações curitibanos, corremos de um lado pro outro, e vemos uns shows que nem precisavam existir, pois como bem foi dito, só essa galera já é o suficiente. Suficiente pra virar, pra virar tudo. Pois que de uma semana ruim, que final de semana excelente pode haver. E tudo o que era necessário é o que foi suficiente, essa galera que deixa Curitiba mais bonita.

Noite virada, 40 horas sem dormir, virando a virada. Copos virados, de café, cerveja, coca, suco de goiaba. E um sujeito que vomitava incessantemente, cosplay do cavalo babão, virou demais.

E a nossa virada de jogo. Coletiva a virada de jogo. Horizontes sendo abertos, possibilidades insanas. Uma viagem por métodos pouco convencionalmente utilizados, outrora Draminescos. E como saber o que é amor quando tudo o que se vê é um casal que se vira com amor? E muito vira, e muito ama, sabe-se que aquilo é amor de verdade. Ou deve ser algo muito próximo disso, caso o tal do isso não exista. E como juntar dois fotógrafos sem ser por fotografia? Braços entrelaçados, e determinado pacto, passados deixados, e uma virada, brutal virada de mesa.

A minha virada. Virada coletiva. Possibilidades insanas. Hora de abrir horizontes. Pois também tenho o quê deixar pra trás. A Virada Cultural não poderia ter caído em final de semana mais adequado.

sábado, 5 de novembro de 2011

Europe

Hoje faz um ano que eu NÃO fui ao show do Europe. E pra comemorar, a maior música de amor perdido de todos os tempos:


Porque there will come a time, no matter who you are, when you ask yourself: was it right or wrong for me to turn away?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Relativo à relatividade

Professores passam diversos textos acadêmicos que até devem ser muito úteis. Eu não os leio, nos intervalos entre uma aula de telejornalismo e uma de teorias da comunicação, estudo sobre física quântica, astronomia, sociologia, geopolítica, etc.

No retrovisor vejo o reflexo do reflexo, e as coisas que ficam pra trás parecem estar indo pra frente, sinto as coisas se repetirem, e o movimento também é relativo. As idas e vindas do movimento são relativas, e tudo o que é relativo às idas e vindas é relativo. Carinho e afeto são relativos, e o tempo que se tem a dedicar assim o é. E dedica-se o tempo que se tem, ao que for, e o tempo que restar, com ele se faz o que quiser. Mas nunca o tempo é pouco, é apenas relativo.

Tudo depende do ponto de vista, tudo depende da perspectiva. Depende de quem olha e de onde olha. Existe a ideia de que acima da velocidade da luz é possível viajar no tempo, e bem, todos têm teorias sobre como fazer isso. Mas a bem da verdade viaja-se no tempo a todo o tempo, tendo em vista que o próprio tempo é relativo. A relatividade é relativa.