quarta-feira, 8 de junho de 2011

...

Em seu universo não existe o presente. Gostaria de ter nascido no passado, especificamente em 1955, para poder curtir os anos 70, o melhor de todos, segundo ele, desde aspectos culturais até políticos. E ao mesmo tempo, pensa muito no futuro. O tempo o intriga, o deixa inseguro. Tem medo que o tempo passe rápido demais, e de não deixar um legado, não algo material, mas um ato, um grande feito. Assim, poderia ser eterno.

Jhonny Maylon de Castro, paranaense, 23 anos. É do tipo comum entre os rapazes da sua idade, altura e peso. Pele bem clara, quase pálida. Mas tem um “ar enigmático”, transpira intelectualidade. Com seus cabelos revoltados, castanhos e cacheados. Os olhos são da mesma cor que o cabelo. Olhar perdido por trás das lentes de seus óculos. Sorriso fácil.

Ele tentou definir-se como hipócrita, prepotente e arrogante. Talvez para criar uma barreira durante a entrevista. Mas essa barreira era de gelo e foi logo derretida, pois entre um pergunta e outra não demonstrou essas características. Foi apenas um pouco debochado e irônico em alguns momentos. Mas sempre sincero e descontraído. Sentado despojado em sua cadeira na sala de aula.

Jonas, como alguns amigos traduzem seu nome, trabalha em um cemitério, e cursa Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na PUC-PR.

Como todo bom brasileiro é amante do futebol. Seu time do coração é o Paraná Clube. Ele também tem paixões europeias, seus sonhos são conhecer a cidade de Viena na Áustria, e morar na Inglaterra. A banda alemã Scorpions ocupa o primeiro lugar em sua lista.

Jhonny adora todo tipo de arte, especialmente o cinema e literatura. Seu escritor favorito é Herbert George Wells, famoso por seus livros de ficção cientifica. Nas poucas horas livres que Jhonny possui, inspira-se em Herbert, e gosta de escrever, mais sobre coisas, que sobre pessoas. “As pessoas são muito complicadas. É difícil transformar os sentimentos em palavras. É como o amor, impossível defini-lo, é abstrato”, conta o estudante, em tom de voz suave.

Ainda sobre pessoas, ele diz que a maioria são demagogas e insignificantes. E em relação ao universo a humanidade é a coisa mais insignificante de todos.

É realmente um lugar intrigante, pouco habitado e paralelo, o mundo de Jhonny.



Eu, por ela (nada mais justo que o primeiro texto do meu blog não seja meu).

Nenhum comentário:

Postar um comentário