quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Insanidade

Se algum dia eu estiver frequentando um psicólogo, peço que me internem com direito a camisa de força, ambulância, enfermeiras de branco e tudo o mais, pois quando isso acontecer terei perdido de fato e definitivamente a minha insanidade.

A insanidade é a doença mais sã de todas, mas nem mesmo chega a ser uma doença, é sim uma forma de adaptar a própria surrealidade à sanidade alheia. Nesse fim de semana devo cometer uma loucura, e nada de se jogar de pontes ou atirar em pessoas no cinema, essa loucura é muito mais prática.

E o sujeito deve se perguntar o que é a insanidade, ou o que é a loucura? Há que se notar que ambas não são a mesma coisa. Mas a pergunta certa é o que é ser normal? E porque alguém quereria o ser. Levo comigo mapas, e isso é tão normal quanto não levar. As pessoas buscam o regular, quando o estranho é tão mais atraente. Ser normal é tão.. normal.

Mas o que me aguarda em São Paulo é sanidade. Sim, a própria, ela mesma e todas as outras, pois que deve haver mais de uma sanidade, como há mais de uma realidade. E devemos nós mesmos construir nossa sanidade ou o que o valha.

A febre é da selva, e a selva é de pedra.

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