Jingle Bells, Jingle Bells, Jingle all the way...
Um dos grandes símbolos dessas épocas festivas, os "Holidays", como são chamados por aí. Época de assistir filmes temáticos na Sessão da Tarde, com crianças enfrentando bandidos perigosos; e velhos barbudos vestidos de vermelho salvando o dia e sendo exemplo de bondade e compaixão.
Época de comidas típicas, do peru à lentilha. Tempos de vestir-se de branco, relembrar, agradecer ou lamentar, torcer e esperar; e outros infinitos verbos no infinitivo. Momento de férias (não para todos), de descansar e se preparar para uma nova jornada. Épocas de viradas.
Mas... que viradas? A contagem de tempo hexadecimal, que usa o padrão dos 60, é a forma humana de determinar pequenos espaços de tempo. O número 60 foi o escolhido por ser considerado um dos mais adaptáveis, sendo ele o MMC de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12 e 15.
O calendário gregoriano é uma das formas ocidentais de marcar a passagem do tempo em médias escalas, teve início com o nascimento de Cristo (erroneamente contabilizado, já que ele teria nascido no ano 4 a.C., antes do próprio nascimento). Tem como base o sistema lunar, porém erros de implantação e até interesses políticos, fizeram ao longo da história com que ele não seja considerado tão eficiente.
Qualquer que seja a medida utilizada para determinar a passagem do nosso querido, convencionado e relativo tempo; o fato é que cada mísero instante pode ser considerado uma virada. Mais ainda serão viradas as horas, dias, semanas, fases da lua, meses, semestres, e por fim o ano. "Por fim" em termos de média escala, pois poderíamos considerar como viradas mais intensas ainda os quinquênios, décadas, séculos e milênios. As celebrações de Réveillon anual têm origens distintas, ocidentalmente falando a culpa e do Imperador Julio César.
Em geral nada muda drasticamente de 31 de dezembro a 01 de janeiro, fora as piadas de "só vou tomar banho ano que vem". No entanto, qual o motivo de tanta expectativa em torno dessa data tão específica? O objetivo claramente (entre outros) é libertar-se do que está ficando no passado, e iniciar uma nova jornada no ano que começa. O primeiro de janeiro nada mais é que convenção, assim a "virada" individual poderia acontecer em qualquer outro dia. Mas não o é.
Isso acontece porque as pessoas precisam de algo objetivo e claro que as disciplinem a variar, como uma data específica, pois se dependesse unicamente de cada indivíduo, a maioria deles seguiria com suas vidas pacatas sem esforço inovativo algum. "Esse é o dia da virada, em que tudo muda, e eu começo uma nova vida", apesar de nada mudar, e as vidas serem as mesmas.
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