terça-feira, 10 de junho de 2014

Capítulo 2 - Encantadora

Todos aqueles aos quais é permitido uma vez verem a glória, devem ter consigo para todo o sempre de tal feito a lembrança. Por vezes a lembrança há de não ser suficiente, pois que se deseja mais, a manutenção da glória. Estou viciado na glória. Estou viciado em você.

Parada no tempo, a noite voltou a correr pouco depois. E que tempos foram aqueles? Tempos de auroras programadas em etilismo vinícola. Com o amanhecer daquela noite, com os primeiros raios de sol de tão brilhante estrela, com a primeira e mais magnífica aurora dos novos tempos, vieram tempos de uma luz encantadora.

Sou arqueólogo encontrado, em sítios anciãos, que relembram vidas perdidas há muito tempo. Vidas que deixaram marcas. E o que somos além das marcas que deixamos? Quero saber cada vez mais sobre essas pinturas rupestres, que nunca param de surpreender, estuda-las. E elas trazem sempre uma peculiaridade nova e ainda mais encantadora.

Poesia, astronomia, filosofia, tudo é muito apaixonante. E o que fazemos dessas coisas, ainda conversamos com estrelas, sejam elas solitárias ou não. Ainda escrevemos e reescrevemos, sejam esses escritos para o mundo ou não. Ainda discutimos rumos e progressos, planejamentos e projetos inacabados. De maneira sempre encantadora.

Sois a mais linda das Asteraceae. Semeado. Colhidos. Encantadora.

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