segunda-feira, 25 de junho de 2012

Férias

Então chegou a hora de relativizar as férias, e eu odeio férias. Aclamada como a época de descanso, para que se desestressem as pessoas de suas obrigações diárias. O problema é que preciso das minhas obrigações diárias pra continuar me sentindo vivo. Não sair de casa é quase como respirar por aparelhos.

No sábado trabalhei por 16 horas seguidas. Claro que teve o intervalo pra uma viagem de ônibus e uma ou outra cerveja, mas isso não diminuiu a impressão do pique. Assim, sou workaholic, não porque viva em função do trabalho, mas sim porque prefiro o fazer ao não fazer. Como disse em outra oportunidade, sempre preferi o sim ao não.

Depois de tantos experimentos sociais a gente começa a antecipar o comportamento da coletividade e de algumas individualidades, e há que se informar que a calma e tranquilidade são em função do fato de que nada do que houve surpreende, como se ninguém soubesse. Mas as vezes ainda precisamos fazer alguns testes, e já que palavra proferida não volta atrás, há que se magoar alguns corações quando se sabe demais.

Revisitam-se os assuntos tratados, e cada olhar distante é uma chama ainda viva, ou apenas uma ironia guardada. E foram tantos encontros e desencontros e uma figura de linguagem já usada. Tantos e todos tontos. Mas o encontro protelado não surtiu efeito. Nenhum deles, encontro ou efeito.

Tenho escrito pouco, duas publicações esse mês, época de pré-ferias é também época de procrastinação, e quando o tempo é pouco faz-se, se o tempo é muito adia-se, pois que tempo sempre há, a diferença é o que cada um faz com ele. Por isso, hoje começo, já que tenho um perfil a concluir, um conto a postar, um livro a publicar, e as reticências para colocar nesse texto, pois que ele não tem fim, até que acabem as férias...

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