Domingo foi o dia em que terminamos as filmagens do videoclipe, a parte bruta da produção, a que demanda mais tempo, dinheiro, e pessoas envolvidas. Agora falta a montagem, mas montagem é algo abstrato, antes do lançamento o que merecia mesmo uma comemoração, com tin-tins e tudo, era aquela última cena filmada.
Por isso, à noite e entre bichos mortos, divagávamos sobre confiança e a falta dela. Como e com que intensidade deve-se confiar? É absurdo perceber subitamente que aqueles em que confiamos não nos confiam da mesma forma, mas isso é fato sabido, que nem tudo é recíproco. Assim como apaixona-se platonicamente, pode haver confiança platônica.
Se o videoclipe ainda carece de montagem, outros dois projetos foram entregues, um no prazo, outro no atraso. Mas atrasos recorrentes acabam se tornando o padrão, assim quando atrasar é o esperado, ele não se configura atraso. E ficaram lindos.
Quanto maior o círculo social, maior a possibilidade de achar pessoas adjetiváveis, confiança é só um adjetivo e nada mais. Quando fecha em núcleos menores, implica uma maior aproximação desses poucos que são próximos. Porém, a intensidade relativiza-se no sentido de que confia-se muito, mas confia-se em poucos. Nada nesse mundo arrogante e individualista é uma via de mão dupla.
Me pergunto que tipo de demonstração de confiança é essa que parte de semi-estranhos antes de partir de onde era esperado. A necessidade de produzir volta à voga, ainda na sexta-feira recebi um convite para auxiliar em determinado projeto, já penso na próxima da Agência e no Doc Maldito, entre outros diversos. Produzir é um vício. Confiar é uma virtude.
Enquanto isso e muitos issos, confiram:
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